A mágica dos juros compostos
- Juros simples ocorrem somente sobre o valor principal.
- Juros compostos incidem sobre o principal mais o juros do período anterior.
No longo prazo, a diferença obtida pela aplicação de juros compostos no lugar de juros simples sobre um determinado montante é muito relevante.
No exemplo abaixo temos uma aplicação de mil reais rendendo 1% ao mês, por um período de 120 meses, sob o regime de juros simples (em azul) e sob o regime de juros compostos (em vermelho).
O regime de juros simples possui um comportamento linear no tempo, já a curva ditada pelo regime de juros compostos assume um comportamento exponencial, se distanciando cada vez mais com o passar do tempo.
Em dez anos, os juros compostos fizeram o investimento inicial render 50% a mais que os juros simples.
Aplicações que possuem recolhimento semestral de IR (come-cotas) tendem a perder parte dos juros sobre juros. Ou seja, o quanto antes o IR é recolhido, menor é o montante sobre o qual o juros irá incidir.
Fuja do come-cotas!
É por isso que uma aplicação do Tesouro Direto com pagamento de juros semestral, onde incide o IR, tende a render menos que uma aplicação TD equivalente sem esse pagamento. Mesmo assim, há casos em que aquela aplicação é a mais interessante, como no momento de usufruir da renda aplicada.
Simulação de Investimento com Juros Compostos
O gráfico abaixo representa uma aplicação inicial de mil reais, rendendo 1% ao mês, com aportes mensais de também mil reais por 10 anos.
Eixo Y: Valor, Eixo X: Qtd meses.
Em 120 meses, o valor total da aplicação chega a 230 mil reais, valor
correspondente à soma dos depósitos (120 mil reais) com os juros (110
mil reais). Em 128 meses, o valor do juros ultrapassará o montante dos
depósitos (linha amarela passará por cima da linha azul do gráfico).
E em 15 anos?
Em 180 meses, os juros já representam mais de 60% do Valor Total da aplicação.
Quanto mais o tempo passa, maior fica a participação dos Juros no montante total do investimento.
É esse mesmo efeito que se observa, de forma bem mais acelerada, nas
dívidas do cartão de crédito e do cheque especial, aumentadas
exponencialmente pela aplicação dos juros extorsivos cobrados pelos
bancos.
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