Quais os possíveis investimentos em renda fixa? O que é cada um deles? Quais as rentabilidades e os riscos? E quanto à liquidez?
Aplicações em renda fixa são aquelas em que as condições de rentabilidade já estão definidas no momento do investimento. Investir em renda fixa é emprestar dinheiro para alguém em troca de alguma rentabilidade. Veremos as diferentes possibilidades de se investir em renda fixa.
CDI: Certificado de Depósito Interbancário. Um banco que precisa de grana emite CDI, um banco com excesso de grana adquire esses certificados e a vida segue. O que importa é que o CDI, ao embutir os juros e a inflação, é um indexador geral de contratos.
IPCA: Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo. Mede a inflação das famílias com rendimento entre um e 40 salários mínimos das principais regiões urbanas do país. Para saber mais, visite a página do IBGE, órgão mantenedor do índice.
IGPM: índice Geral de Preços - Mercado, aferido mensalmente pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Tem sido usado para correção dos alugueis de locação e das tarifas de energia elétrica. A metodologia de cálculo de índice você encontra clicando aqui.
SELIC: A taxa básica de juros da economia brasileira. É ela que sobe e desce quando os os noticiários informam que os juros subiram ou desceram. A sigla ? Sistema Especial de Liquidação e de Custódia. Quer saber mais ? clica na figura:
Preâmbulo feito, vamos ao que interessa, os diferentes investimentos em renda fixa:
CDB: Certificado de Depósito Bancário. É a forma pela qual o banco consegue captar dinheiro das pessoas físicas. Investindo em CDBs, você está emprestando dinheiro ao banco. Aplicação em CDB é protegida pelo Fundo Garantidor de Crédito, até 250 mil reais. Incide Imposto de Renda sobre o rendimento, segundo aquela famosa tabela regressiva da alíquota diminuindo conforme o prazo da aplicação, indo de 22,5% até 15%, ao se deixar o dinheiro quieto por mais que dois anos.
Quanto à rentabilidade, existem os: CDBs pré-fixados, rendendo a uma taxa fixa para um determinado vencimento.
Ex.: Sofisa Direto, Taxa 12%, Vencimento 180 dias.
E os pós-fixados, rendendo a um determinado percentual atrelado a um índice, por exemplo:
- Banco BMG, IPCA+7,3%, com vencimento em 1828 dias,
- Banco Pine, 113% CDI, com vencimento em 730 dias.
Os prazos dos CDBs estão variando de um mês a 5 anos, a exceção daqueles com liquidez diária.
LCs: As Letras de Câmbio são muito parecidas com os CDBs, a diferença é que aqui você está emprestando para alguma financeira e não mais para um banco. Também temos o IR regressivo e a garantia do FGC.
Debêntures: Aqui você está emprestando para empresas, com maior margem de ganho, prazos mais longos e mais risco. Há debêntures com prazo de quatro a doze anos. Pelos prazos longos, o mais comum é ver o rendimento da debênture atrelado ao IPCA, por exemplo:
CEMIG, Taxa: IPCA+ 9,45%, Vencimento: 1421 dias.
As debêntures não estão protegidas pelo FGC. É preciso confiar na saúde da empresa que está emitindo o papel.
Existem debêntures incentivadas, isentas de IR, de empresas que desenvolvem infraestrutura (estradas, portos etc) e as restantes, tidas como não incentivadas, que sofrem a incidência do impetuoso IR em seus rendimentos.
LCIs e LCAs: As Letras de Crédito Imobiliário e Agropecuário servem para emprestarmos dinheiro aos bancos, os quais irão aplicar os recursos nos mercados imobiliário e agropecuário. São aplicações isentas de Imposto de Renda. Da mesma forma que os CDBs e outras aplicações, podem ser pré ou pós-fixadas. Também são protegidas pelo FGC.
Tesouro Direto: Investindo no Tesouro Direto, estamos emprestando dinheiro ao governo. Esse tipo de aplicação é tida como o investimento mais seguro de renda fixa no país.
Se não tem risco?
Claro que sim, tudo tem risco, mas esse risco é o menor em comparação com os outros investimentos.
Existem três tipos de Tesouro Direto: os pré-fixados, variando a uma determinada taxa fixa, hoje na casa dos 10%a.a., os pós-fixados, que varia em função da taxa Selic e os híbridos, que variam segundo o IPCA mais uma taxa fixa, hoje na casa dos 5%.
Mais sobre Tesouro Direto em:
Simulando a rentabilidade do Tesouro Direto
Investindo no Tesouro Direto
Investindo no Tesouro Direto (2)
As 3 melhores corretoras para se investir no Tesouro Direto
Abaixo, seguem ordenações das aplicações em função do jeitão das mesmas quanto a Risco, Liquidez e Rentabilidade. Não é para serem levadas a ferro e a fogo.
Escala de Risco:
Do menor para o maior:Tesouro Direto, CDBs/LCIs/LCAs, LCs, Debêntures.
Escala de Liquidez:
Da menor para a maior:Debêntures, LCs, CDBs/LCIs/LCAs, Tesouro Direto.
Escala de Rentabilidade:
Da menor para a maior:Tesouro Direto, CDBs/LCIs/LCAs/LCs, Debêntures.
Melhorando o título do post: Absolutamente Tudo sobre Renda Fixa no que couber em 700 palavras.
Existem ainda os CRIs e CRAs, parecidos com os LCIs e LCAs só que o crédito vai direto para as empresas do setor imobiliário e do agronegócio sem passar pelos bancos e, com isso, sem a garantia do FGC, mas tendo a isenção do IR. Sem esquecer das Letras Financeiras, com perfil de longo prazo e investimento mínimo de 150 mil reais.
Para conhecer ainda mais aplicações em renda fixa, vale visitar o sítio da Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos (Cetip).
Veja também:
Debêntures, o que são e como investir
Investir em Poupança, CDB ou Tesouro Direto ?
Fugindo das taxas dos bancos
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