Se você vive no vermelho, sustentando bancos, sempre no cheque especial, dando mole para toda a sorte de credores (academias, lojas, operadoras de celular, restaurantes, mercearias etc), e quer mudar sua realidade por saber que poderia estar economizando e investindo, em vez de seguir endividado, siga a leitura.
Se você quer mudar, é preciso ter disciplina, passando a agir de forma racional e não por impulso.
Vivemos numa sociedade consumista, onde
"gasta-se o que não se tem, comprando o que não se precisa para
impressionar pessoas das quais não se gosta".
Do wikipidia:
Consumismo refere-se a um modo
de vida orientado por uma crescente propensão ao consumo de
bens ou serviços, em geral supérfluos, em razão do seu significado
simbólico (prazer, sucesso, felicidade), frequentemente atribuído
pelos meios de comunicação de massa.
Para mudar, o primeiro passo e
estabelecer uma nova programação cerebral. É estabelecer melhores
critérios para se verificar o que é realmente necessário e não
supérfluo. É saber distinguir o que são realmente os nossos desejos dos desejos que nos são incutidos.
Para o que for realmente necessário se
adquirir, é preciso estabelecer estratégias de compra. Mas antes é
necessário saber se cabe no orçamento. Peraí ! Orçamento ?
Como assim ?
É fundamental saber seus gastos atuais
e procurar prever os gastos futuros ! Não se gerencia o que não
se mede. O quanto estou gastando com supermercado, farmácia,
com os estudos, luz, gás, telefone, restaurantes, internet, celular,
com o carro, prestações, assinaturas, etc, o que eu estou pagando
esse mês ? É pouco ? É muito ? Vou estourar a conta e entrar
no cheque especial ? Não tem jeito !
Tem que se anotar tudo o que se gasta,
tem que se acompanhar esses gastos, na ponta do lápis. Para então começar a
racionalizá-los. Para saber em que eu posso gastar menos eu
preciso antes saber o quanto eu estou gastando e no que.
Anote todas as despesas, dê valor ao
que você ganha racionalizando seus gasto.
Com as despesas anotadas mês a mês,
já é possível começar antever quais são as despesas recorrentes
e a ordem de grandeza destas. Agora já começamos a ter um esboço
de orçamento, já podemos avaliar minimamente o que vai caber nesse
mês e o que deve ficar para o próximo.
Agora, e as dívidas ? O ideal é
quitá-las o quanto antes e reduzir o pagamento dos juros abusivos.
Não adianta investir em algo a 1% ao
mês, com uma dívida que está cobrando 10% de juros.
Com os gastos já anotados, sendo
acompanhados no detalhe, e com o objetivo em mente de se quitar as dívidas o
quanto antes, para depois começar a economizar e investir, é hora
de iniciar os trabalhos de redução das despesas, trazendo todo o
ganho obtido para auxiliar no abatimento das dívidas.
Algumas dicas:
Algumas dicas:
1) Pare de achar que uma eventual
economia aqui ou ali seria tão irrelevante a ponto de não fazê-la.
Não despreze qualquer economia possível, pequenos gastos
recorrentes evitados se somam a outros e geram boas economias.
2) Seja muito criterioso antes de
contrair novas dívidas. Corte os supérfluos. Evite comprar por
impulso. A meta maior é o re-equilíbrio financeiro.
3) Corte as despesas mensais
desnecessárias e que seguem existindo somente por desleixo ou
inércia, é preciso mesmo seguir com a assinatura daquele jornal ou
revista que você mal tem tempo de ler ? Não posso fazer um
downgrade no plano de celular ou partir para uma operadora com um
plano mais em conta ? Pra que pagar pela academia que eu nunca vou ?
4) Verifique o que você anda pagando a
título de tarifas, pacote ou cesta de serviços nos bancos.
Verifique tudo o que o banco está te cobrando. Se estiver pagando
algo, veja com carinho a possibilidade de partir para uma conta
digital ou para uma conta de serviços essenciais. Essas duas
modalidades de conta não cobram por pacote de serviços.
5) Pagando anuidade do cartão de
crédito ? Parta para um cartão de crédito sem cobrança de
anuidade!
6) As despesas com alimentação sempre
podem ser melhor trabalhadas. Se planeje para compras mensais,
minimizando idas ao super prático mercadinho da esquina que cobra
tudo 50% mais caro.
7) Gastos excessivos com transporte ?
Avalie alternativas, carona solidária, transporte público etc.
8) Precisa comprar algo parcelado ?
Por que não inverter essa lógica ? Se programe para juntar o
dinheiro antes e então negocie um bom desconto à vista. Se não
conseguir o desconto, parcele, aplique o dinheiro no Tesouro Selic e
vá pagando mês a mês tirando de lá o dinheiro.
9) Estabeleça tetos para os diferentes
gastos (não passarei de x reais nesse mês com restaurantes,
reduzirei o uso do telefone), se proponha metas factíveis, metas
intermediárias que, quando atingidas, darão mais ânimo para seguir
em frente mantendo a disciplina.
10) Monte um fundo de emergência, uma
aplicação com liquidez imediata para imprevistos. Pode ser Tesouro
Selic ou algum fundo DI, por exemplo.
11) Quanto a dívidas maiores como um
financiamento da casa ou do carro, procure renegociá-la com seu
credor. Não sendo bem sucedido nesta tentativa, verifique a possibilidade de se
realizar a chamada portabilidade de crédito. É possível que outra
instituição financeira cobre juros menores para você. Nesse caso,
a nova instituição quita a sua dívida na instituição credora
original, e você passa a dever para esta a juros menores.
12) Se você tem dívida no cheque
especial (juros na casa dos 300% a.a. !!!) ou no cartão de crédito
(juros na casa de 400% ao ano !!!), e não possui recursos para
quitá-las, uma possível solução seria buscar uma outra linha de
crédito (consignado, antecipação do 13o ou da
restituição do imposto de renda, crédito pessoal, refinanciamento
do imóvel etc) menos absurdamente cara, e trocar a dívida.
Suponha que você deva dez mil reais no
crédito rotativo do cartão (com uma taxa de 16,30% ao
mês) e possa pagar mil e quinhentos reais por mês, você precisará
pagar 18 parcelas, desembolsando ao final mais de 27 mil reais. Fazendo um
crédito consignado (2,19% ao mês), seriam necessárias 7,1
parcelas, pagando no fim dez mil e seiscentos reais. No crédito
pessoal (7,60% a.m.), seria preciso 8,7 parcelas, perfazendo 13mil
reais ao término da divida.
Na tabela abaixo temos a modalidade de
crédito, o custo efetivo total (juros + taxas) mensal e anual do
financiamento e o custo total do empréstimo.
Uma taxa de 500% a.a. é quase 50 vezes maior que uma boa taxa de rentabilidade do Tesouro direto.
Veja também:
Montando uma reserva de emergênciaMontando uma Carteira de Investimentos
Simulando a rentabilidade do Tesouro Direto
Investindo no Tesouro Direto
Boas dicas
ResponderExcluirBoas dicas que tentarei por em prática na minha realidade financeira.
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